21 Setembro 2011
Google e Intel anunciaram que trabalharão juntas para otimizar o sistema operacional aberto Android para processadores Atom da Intel. Até então, o Google oferecia suporte apenas para processadores ARM, e apesar de existirem versões não-oficiais para processadores baseados na arquitetura x86, essa é a primeira vez que a empresa faz oficialmente parte de um esforço para executar o Android em hardware Intel. Esse anúncio, feito durante o Intel Developer Forum, foi descrito como resultado de um crescimento das iniciativas conjuntas das empresas em garantir o suporte à arquitetura Intel para os produtos ChromeOS e Google TV. |Esse acordo garante que todas as versões futuras do Android, incluindo o iminente Ice Cream Sandwich (ICS), vão incluir suporte à arquitetura x86 e otimizações específicas dos processadores Intel, que vai permitir que a fabricante de processadores possa oferecer um melhor desempenho com baixo consumo de energia. Andy Rubin, do Google, afirmou sobre o acordo que "combinar o Android com as metas de desenvolvimento de smartphones com processadores Intel de baixo consumo de energia abre mais oportunidades para inovação e escolha. Essa colaboração vai levar a um crescimento do ecossistema Android."
No anúncio, a Intel demonstrou como referência um smartphone com um SoC (System on a Chip) Medfeld de 32nm e operando sobre a plataforma Android 2.3. O portal de tecnologia AnandTech teve acesso à um demonstração do aparelho, que deve ser lançado no mercado para competir com a próxima geração de SoCs baseados em arquitetura ARM, como o novo Kal-El da NVIDIA.Cronogramas para outros lançamentos não foram discutidos durante o anúncio, uma apresentação recente da Intel apontava que o sistema Android 2.3 Gingerbread estaria disponível para ser executado em processadores Atom E6xx em janeiro de 2012. O mais importante que podemos tirar do anúncio é a mudança de ventos dentro da Intel, que agora parece optar pelo Android como seu sistema operacional favorito, ao menos para smartphones - uma posição antes ocupada pelo MeeGo até o desligamento da Nokia do projeto. Contudo, não ficou claro se essa nova parceria vai afetar o compromisso da Intel com o sistema MeeGo.
Fonte: Linux Magazine